COM PRINCIPAL FOCO DE NOVOS CASOS EM GUINE, LIBERIA E SERRA LEOA, CASOS
NÃO CONFIRMADOS NO MARROCOS E ARABIA SAUDITA DISPERTAM A ATENÇÃO DA OMS (WHO), DECLARANDO
ESTA SEMANA QUE EPIDEMIA PODE SER GLOBAL. SABEMOS QUE A TERRIVEL POSSIBILIDADE
DE UMA PANDEMIA, COMO A GRIPE SUINA, SERIA DESASTROSA, LOGO UMA RESPOSTA
INTERNACIONAL COORDENADA, E APOIO DOS PAISES DESENVOLVIDOS PODE FREAR O AVANÇO,
COMO O TEMPO DE INCUBAÇÃO PODE CHEGAR A TRES SEMANAS, NENHUM PAIS ESTA A SALVO.
Ebolavirus - Imagem de Pasieka/Science Photo Library |
Apareceu pela primeira
vez em dois focos, Sudão e Congo nos anos 70, o surto ocorreu em pequenas
aldeias, e ao longo do rio ebola, que deu nome ao vírus. O gênero EBOLAVIRUS
compreende cinco espécies, em especial Bundibugyo Ebolavirus
(BDBV), Zaire Ebolavirus (EBOV) e Sudão Ebolavirus (SUDV) que estão
associados aos grades surtos.
Primeiramente conhecido como
febre hemorrágica ebola, é uma doença viral grave e muitas vezes fatal em
humanos, transmitida por contato com mucosas como sangue, secreções, tendo como
principal meio de transmissão a mordida de morcegos. Somente entre julho e
agosto deste ano 163 novos casos que incluem suspeitos e confirmados, até o
momento destes casos houveram 61 mortes; na visão geral do contato humano com o
ebola foram documentados 1603 casos
sendo que 1009 confirmados evoluíram para óbito 887.
A maior concentração do vírus nos
países do oeste africano vem da distribuição dos morcegos frutívoros capazes
abrigar o vírus e transmitir apartir da mordida, mas a manipulação de animais
mortos infectados, carne animal infectada também se encontra como forma
conhecida de transmissão.
Sintomas conhecidos são : febre súbita,
dor muscular, fraqueza, dores de cabeça, dor de garganta, vômitos e diarréia. À
medida que a infecção evolui, as funções renal e hepática são comprometidas e
hemorragia interna e externa pode começar.
Tratamento conhecido até o
momento somente reposição dos fluidos perdidos, quando vencida a desidratação
causada pelas graves hemorragias e diarréias pode se evoluir para recuperação.
Quanto a cura nenhuma forma
pronta para uso, muito já se pesquisou a respeito. Sabe-se que uma vez no
sangue, o vírus estimula as células brancas (Células de defesa, leucócitos) para
produzir um excesso de citocinas (mensageiros químicos do sistema imunológico)
este excesso de estimulo enfraquece as células endoteliais que revestem as
paredes dos vasos sanguíneos deixando “vazar” o que faz cair a pressão arterial, provocando um estado de
choque.
Uma das preocupações do surto de
ebola é que em grande parte dos infectados os sintomas se assemelham a doenças
locais como malaria e febre lassa.
Como bem comentado no artigo da newscientist, cada infecção do Ebola dá
a chance ao vírus de se adaptar melhor aos seres humanos, e este surto é quase
quatro vezes maior que anterior.
Apesar das manchetes
sensacionalistas, Ebola até agora não mostra sinais de evolução para uma
pandemia global. O fator que poderia tornar o vírus um assassino maior é
social: a globalização e a urbanização*, a mesma coisa que desencadeou HIV.
*com o desmatamento de áreas onde
vivem os morcegos capazes de transmitir o vírus, ocorre a migração deles para
as cidades aumentando a probabilidade de um contato.
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